domingo, 8 de maio de 2016

APÓS 15 ANOS, AMÉRICA VOLTA E GANHAR O MINEIRO. DE RESERVA A HERÓI, DANILO É O NOME DA FINAL

Coelho mostrou na bola e na raça porque é uma equipe para se abrir os olhos daqui por diante


Foi preciso esperar 15 anos e aguardar até o último instante. Um amadurecimento, dentro e fora de campo. Quedas para a Séries B e C – e até para o Módulo II do Mineiro – e volta à elite neste ano. Agora sim, o América está pronto, também é um gigante e é, com todos os méritos, o campeão mineiro de 2016. A última conquista aconteceu em 2001.
Contra a desconfiança de quem viu o time classificar em quarto lugar na última rodada da primeira fase, contra os descrentes que não botavam fé na semifinal diante do Cruzeiro e contra o Atlético, time de Libertadores e vice-campeão brasileiro, o Coelho mostrou na bola e na raça porque é uma equipe para se abrir os olhos daqui por diante.
Sob a batuta do comandante Givanildo Oliveira, o mais longevo treinador da elite nacional à frente do cargo, o alviverde volta a disputar o Brasileirão a partir da próxima semana com a autoridade de ter superado os chamados grandes do futebol mineiro.
Depois de vencer o primeiro jogo, por 2 a 1, no Independência, o América se apresentou num Mineirão lotado de atleticanos – apoiado por sua barulhenta torcida – e, mesmo depois de quase ver o título escapar, aos 38 min da segunda etapa, o predestinado Danilo fez o gol de empate. O América chega a seu 16º título estadual
Jogo. Preocupado com a Libertadores, Aguirre poupou três titulares, colocando em campo uma formação nunca antes utilizada. O América não teve surpresas na escalação.
Mas o Galo precisava da vitória e, por isso, comandou as iniciativas, tendo em Lucas Pratto o seu principal articulador de jogadas. No fim do primeiro tempo, um lance apimentaria a decisão. O zagueiro Tiago perdeu infantilmente a bola, cometeu falta e, como já tinha amarelo, foi expulso. A missão alvinegra seria ainda mais difícil. Mas a ânsia alvinegra era tão enorme e nem parecia que o Galo estava com dez jogadores em campo.
Como mais volume, o gol do Atlético, enfim, saiu. Clayton foi o predestinado, aos 12 min. Eis que o Coelho resolveu acordar. Mas o América estava muito nervoso, refletida no número de faltas cometidas e na expulsão do zagueiro Alisson. Parecia que o time americano estava entregue. Mas não.
A vez era do América. Danilo, que fez os dois gols do jogo de ida, recebeu de Borges e deixou tudo igual. Não havia tempo para mais nada e, mesmo com o reconhecimento da maioria atleticana, o que valeu foi a raça do Coelho.

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