Enquanto Galo quer manter hegemonia no Estado, Coelho busca título depois de 15 anos; final acontece hoje, às 16h, no Mineirão; alviverde precisa de empate, e alvinegro, de uma vitória simples
“Campeonato Mineiro não vale nada”. Você já deve ter ouvido muito isso por aí. Mas pergunte para algum jogador de Atlético e América se eles vão tirar o pé e renegar a oportunidade de erguer a taça estadual hoje, a partir das 16h, no Mineirão.
No lado alvinegro, a afirmação acima pode até circular costumeiramente entre os torcedores, mas o Galo, atual campeão, quer mais um bicampeonato para aumentar a lista para 44 conquistas estaduais em sua história. E quem não quer festejar? Que o diga o próprio clima do Mineirão nesta tarde, que estará lotado, com mais de 50 mil torcedores.
No lado do Coelho, a galeria é menor – são 15 títulos –, e o jejum já chega a 15 anos, o que, em tese, aumentaria a ânsia alviverde, um time em alta com o retorno à Serie A do Brasileiro. “Já são 15 anos sem o título mineiro, e eu me sinto mais do que na obrigação de dar essa alegria para meu torcedor. Quando você vê nossa torcida comemorando, é diferente”, ressalta o lateral americano Danilo, que tinha só 9 anos quando o time foi campeão do Estado pela última vez.
No Atlético, o Estadual também tem sua obrigatoriedade, pois o time é formado por jogadores mais caros e mais rodados. Quase todos do elenco já sabem o gosto do título mineiro – a exceção são os que chegaram neste ano. Marcos Rocha, Leonardo Silva e Leandro Donizete estavam, inclusive, nos últimos três Estaduais faturados pelo Galo, em 2012, 2013 e 2015.
O título também tem reflexo em outras competições. “Podemos sonhar com o título da Libertadores e do Brasileiro, pois são objetivos que são possíveis. Mas todo título vale, e estamos jogando o Mineiro há três meses com muita coisa acontecendo. Não quero tirar a importância. Para mim vale muito”, avalia o técnico Diego Aguirre.
No América, que volta a disputar uma final depois de quatro anos, são poucos os que têm título Mineiro no currículo. Apenas os experientes Leandro Guerreiro e Borges já levaram a taça quando atuavam pelo Cruzeiro.
Regras. Segundo colocado na primeira fase, o Atlético eliminou a URT na semifinal e, por ter feito melhor campanha que o Coelho, que terminou a fase inicial em quarto lugar, entrou no embate com a vantagem de dois empates ou uma vitória e uma derrota pela mesma diferença no saldo de gols.
A equipe americana – que eliminou o Cruzeiro, que tinha sido o líder da primeira parte da competição – venceu o Galo no jogo de ida, no Independência, por 2 a 1. Por isso, o Coelho joga pelo empate, e o alvinegro precisa de uma vitória simples para ser campeão.
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