Atacante de 21 anos entra no segundo tempo, faz gol em seu primeiro
toque na bola e evita derrota do
Corinthians na primeira partida da final
Corinthians na primeira partida da final
1 x 1
La Bombonera - Quarta-Feira, 27/06/2012 - 21:5
1ª Partida da Grande Final
Até o domingo passado, ele era apenas um modesto atacante com
nome de craque e, talvez, com potencial para se tornar ídolo de uma das
maiores torcidas do país. Mas Romarinho tem estrela e, em apenas duas
partidas, já pode ter feito o suficiente para cravar de vez seu nome na
história do Corinthians.
Domingo, marcou dois, um deles de letra,
contra o maior rival Palmeiras, na vitória por 2 a 1 pelo Campeonato
Brasileiro. E nesta quarta-feira, deu um toque inacreditável a essa
história que parece de cinema. Foi ele o autor do gol de empate do
Corinthians por 1 a 1 contra o todo poderoso Boca Juniors, em La
Bombonera, pela primeira partida da final da Copa Santander Libertadores.
Romarinho encobre o goleiro para marcar o gol do Corinthians
Com Romarinho, o Corinthians parece mesmo destinado a vencer todos os
obstáculos, derrubar todas as esperanças dos torcedores rivais, acabar
com a maldição e entrar para a história. Nova prova deu resistindo à
pressão e mística do lendário palco do Boca.
Na quarta-feira que
vem, no Pacaembu, o Timão precisará de apenas uma vitória sobre uma
equipe inferior tecnicamente, como ficou comprovado na partida de ida,
para exorcizar de uma vez por todas o fantasma de nunca ter vencido a
competição sul-americana. Como não há o critério do gol fora para
desempate, qualquer empate levará a decisão para a prorrogação e,
persistindo o empate, pênaltis.
Uma situação improvável, se
levado em conta o retrospecto corintiano nesta Libertadores. Em sua
casa, onde o Boca que será pressionado o tempo inteiro pela Fiel, a
sólida equipe de Tite sofreu apenas o gol de Santos de Neymar nas
semifinais, não perdeu e, exceção feita ao duelo já citado, venceu todos
os demais.
Como alento para rivais e a própria equipe argentina, o
fato de os Xeneizes, como são chamados, serem especialistas em fazer a
festa em solo tupiniquim. Em 2000, 2003 e 2007, ganhou a Copa derrubando
equipes brasileiras fora de casa, contra Palmeiras, Santos e Grêmio,
respectivamente.
O empate foi todo à base de tensão. No primeiro
tempo, Emerson Sheik, Alex, Paulinho tiveram chances de deixar o Timão
em vantagem, mas faltou o tranquilidade para definir melhor e causar
mais transtornos à equipe da casa.
Maradona viu o jogo em camarote na Bombonera
No Boca, Riquelme, maior esperança, ditava o ritmo, como esperado,
mas também foi pouco. Santiago Silva até tentou de bicicleta aos 32
minutos, mas a bola resvalou em Alessandro. Foi o auge de uma primeira
etapa muito parelha, em que a equipe da casa foi levemente superior.
Pelo
Timão, Paulinho criou a melhor chance, sempre chegando como elemento
surpresa. Foi aos 7 minutos, em chute de longa distância, defendido pelo
goleiro Orión.
A segunda etapa seguiu a mesma risca. O Boca mais à
frente, mas o Corinthians resistiu aos minutos iniciais de pressão e
volta e meia saiu nos contra-golpes.
Aos 16 minutos, o Boca
acendeu sua torcida com Mouche. Ele recebeu ótimo passe de Riquelme
dentro da área, mas não conseguiu tirar de Cássio, mesmo cara a cara com
o goleiro corintiano.
O sofrimento da Fiel se prolongava e a da
torcida do Boca mais ainda com o passar do tempo. Até que aos 27
minutos, a Bombonera explodiu. Após cobrança de escanteio, Santiago
Silva cabeceou dentro da área, Chicão tentou cortar com a mão, mas a
bola sobrou para Roncaglia, quase debaixo da trave. Ele empurrou e fez 1
a 0.
O gol não abalou o Corinthians, e o destino preparou noite
iluminada para um desconhecido até pouco tempo. Foi ele, foi Romarinho.
O
atacante entrou aos 38 minutos do segundo tempo e, apenas dois minutos
depois, deixou o Corinthians a apenas uma vitória de seu maior sonho, em
101 anos de história. Romarinho recebeu de Emerson Sheik dentro da área
e, com um toque lindo e tranquilidade digna do nome, tirou do goleiro e
caiu nos braços da Fiel: 1 a 1.
Jogadores do Corinthians comemoram o empate com o Boca
O Boca ainda acertou uma bola na trave com Viatri, mas a noite era de
Romarinho. Depois de ganhar um jogo contra o maior rival, ele aproximou
o time de espantar um fantasma. Foi a primeira noite, que se desenhou
de sonho. Sonho da Fiel. Sonho de Romarinho.
FICHA TÉCNICA:
BOCA JUNIORS (ARG) 1 X 1 CORINTHIANS
Local: La Bombonera, Buenos Aires (ARG)
Data/hora: 27/6/2012 - 21h50
Árbitro: Enrico Ósses (CHI)
Assistentes: Francisco Mondria e Carlos Astroza (CHI)
Renda e público: Não disponíveis
Cartões amarelos: Roncaglia, Riquelme
Cartão vermelho: -
GOLS: Roncaglia (28'2°T) e Romarinho (40'/2ºT)
BOCA JUNIORS: Orión; Roncaglia, Schiavi, Caruzzo e Clemente Rodríguez; Somoza, Ledesma (Rivero, 36'/2ºT), Erviti e Riquelme; Mouche (Cvitanich - 42'/2ºT) e Santiago Silva (Viatri - 39'/2ºT). Técnico: Julio Cesar Falcioni
CORINTHIANS: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo (Romarinho - 38'/2º); Jorge Henrique (Liedson - 38'/1ºT) e Emerson Sheik. Técnico: Tite
FICHA TÉCNICA:
BOCA JUNIORS (ARG) 1 X 1 CORINTHIANS
Local: La Bombonera, Buenos Aires (ARG)
Data/hora: 27/6/2012 - 21h50
Árbitro: Enrico Ósses (CHI)
Assistentes: Francisco Mondria e Carlos Astroza (CHI)
Renda e público: Não disponíveis
Cartões amarelos: Roncaglia, Riquelme
Cartão vermelho: -
GOLS: Roncaglia (28'2°T) e Romarinho (40'/2ºT)
BOCA JUNIORS: Orión; Roncaglia, Schiavi, Caruzzo e Clemente Rodríguez; Somoza, Ledesma (Rivero, 36'/2ºT), Erviti e Riquelme; Mouche (Cvitanich - 42'/2ºT) e Santiago Silva (Viatri - 39'/2ºT). Técnico: Julio Cesar Falcioni
CORINTHIANS: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo (Romarinho - 38'/2º); Jorge Henrique (Liedson - 38'/1ºT) e Emerson Sheik. Técnico: Tite