Triunfo em Brasília foi finalizado em 3 sets a 1, coroando um 2015-2016 que teve seis títulos em torneios disputados pelo time azul
A sede do Sada Cruzeiro por superar suas próprias marcas e seguir ganhando tudo que aparecer pela frente parece ser insaciável. A sequência de finais, títulos e glórias não para de acontecer para o time celeste, que deu mais uma prova do nível acima dos adversários em que se encontra. Neste domingo, contra o Brasil Kirin, pela final da Superliga, em Brasília, a vitória por 3 a 1 (23/25, 25/23, 25/15 e 30/28) reforçou o status de time a ser batido. O campeão de tudo mantém seu caminho de sucesso e teve seu novo título valorizado por um adversário que vendeu caro cada ponto, mesmo com a arbitragem se complicando em alguns momentos.
As metas continuam aparecendo e uma a uma, vão sendo quebradas. Se vierem mais, que elas se cuidem para não serem trucidadas. Neste domingo, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, o time celeste conquistou a Superliga pela quarta vez na sua história, o terceiro título seguido na maior competição do país. O triunfo sobre o Brasil Kirin-SP encerrou uma temporada perfeita. Nada além poderia ser conquistado. Desde 2010, foram 27 campeonatos, 25 finais e 20 títulos. Qual será o time capaz de um feito como este? Difícil imaginar quem e quando.
Na atual temporada, foram seis títulos em seis campeonatos disputados, superando o próprio recorde de dois anos atrás, quando cinco títulos foram vencidos.
O aproveitamento de 100%, com os canecos sendo levantados no Campeonato Mineiro, na Supercopa, na Copa Brasil, no Mundial e no Sul-Americano ficará por muitos anos na história, na mente e nos corações de quem tem o privilégio de ver uma nova façanha sendo escrita. Certamente, vai demorar algum tempo para um novo time aparecer e ultrapassar as marcas memoráveis de uma equipe incontestável.
Com o coração em cada bola, o Sada Cruzeiro transforma os adversários em vítimas que pouco podem fazer diante de tamanha qualidade e eficiência.
O jogo
O equilíbrio marcou todo o duelo, com o Brasil Kirin vendendo caro cada ponto e dando muito trabalho para o Sada Cruzeiro. Um dos caminhos buscados pelo time de Campinas era com os saques flutuantes, tentando desestabilizar a defesa adversário e mudando o ritmo do jogo. A troca de pontos foi constante, mas uma pequena vantagem para os celestes fez um 14 a 10 ser aberto, com Leal indo bem nos saques. Os serviços não eram bem aproveitados pelos paulistas, que acabaram sendo beneficiados pela arbitragem em rede de Lucas Lóh, não marcada.
Ali o Brasil Kirin cresceu e foi pra cima, aproveitando bem os chamados do levantador Gonzalez nas bolas de meio. Nos detalhes, os campineiros saíram na frente com diferença mínima.
A tensão e a troca de pontos continuaram no segundo set, com o Sada Cruzeiro melhor na parte ofensiva. O empate buscado pelo Brasil Kirin nos 12 a 12, após estar três pontos atrás, seguiu-se durante o restante da parcial, que só foi definida em ace de Éder, quando o placar apontava 24 a 23.
O terceiro set começou com erros de saques dos dois lados. Em erros de Wallace, o Sada Cruzeiro abriu dois pontos, que viraram seis em novas falhas paulistas. A diferença foi grande demais para ser tirada diante um Cruzeiro bem postado e sem deixar de aproveitar os contra-ataques. Faltava um set para o título azul.
O quarto set voltou a mostrar equilíbrio, deixando o jogo imprevisível. Mais bem ajustado, o Brasil Kirin voltou a dar trabalho para o Sada Cruzeiro, que precisou jogar no seu limite para evitar o empate. Quando um 20 a 18 foi aberto pelos paulistas, os mineiros tiveram, talvez, a missão mais complicada dentro do jogo. O empate foi buscado na sequência, com Leal sendo exigido em momento de tanta pressão. Com os detalhes fazendo a diferença, era preciso um jogo perfeito na reta final, que foi além dos 25 pontos. O costume em decisões pesou em uma hora tão decisivo. Frio e calculista, o Sada Cruzeiro jogou o adversário nas cordas para, na sequência, sagra-se campeão em um erro do adversário.
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