O assunto casamento é familiar para o clã Cruz. Primeiro porque eles já foram entrevistados para um sem número de matérias para jornais, rádio e televisão, desde que se casaram, 15 anos atrás. Segundo porque carregam o sobrenome, quatro irmãs de Francisco Badaró, no Vale do Jequitinhonha, que se casaram com quatro irmãos da Bahia.
Fátima e Ivonaldo, Idelsom e Claudia e Ivanilton e Ana Silvana, que moram na mesma rua |
Os quatro irmãos e as quatro irmãs continuam sendo uma família. Completam neste mês bodas de cristal. Ou seja, 15 anos casados e morando todos na mesma rua, em Itapecerica da Serra, na grande São Paulo.
Idelsom e Claudia, ambos com 47 anos, foram os primeiros a namorar. “A gente se conheceu numa festa em São Paulo”. Ela já estava comprometida com outro, então não deu muita trela de início. Mas a resiliência é uma característica típica dos homens Cruz. “Eu fui atrás até conseguir”, conta ele.
Depois de conquistar a primeira irmã, Idelsom começou a levar o irmão Ivanilton, com quem trabalhava numa oficina, às festas da família dela, que já estava toda em Itapecerica da Serra.
Foi num dos eventos que Ana Silvana Cruz, 39, e Ivanilton Cruz, 40, começaram a se dar bem. “E ficamos juntos. Parecia piada, mas não era”, conta ela.
O penúltimo casal Ivonaldo Cruz, 38, e Fátima Cruz, 34, se formou por escrito. Ele era noivo de outra, mas confessava ao seu diário que estava apaixonado é pela irmã das suas cunhadas. Um dia, ela achou o diário e revelou a paixão recíproca.
Os quatro irmãos baianos, de Candeias |
O último casal a se formar, na prática, foi o de Vilmena Cruz, 36, e Ivonildo Cruz, 37. Porque na teoria ele já existia. As irmãs tinham mostrado a Vilmena uma foto do último irmão, que ainda estava na Bahia, e ela caíra de amores. “Eu dormia com a foto dele debaixo do travesseiro.” Chorou nas duas vezes que falaram por telefone, antes de ele aportar em São Paulo.
E como é a relação das quatro noras com a sogra, Maria da Glória Aragão da Luz? “Ela é uma pessoa muito importante para a gente, especial”, diz Fátima.
As quatro irmãs mineiras, de Francisco Badaró |
Meses depois de o último dos quatro pares de irmãos de unirem e no aniversário de 11 anos de namoro do primeiro casal, em 1999, todos diziam sim numa igreja católica em Itapecerica da Serra, onde o clã mora até hoje. Acontece que o casório virou notícia. “O Eli Correa falou no programa de rádio dele e o bairro inteiro invadiu a festa. Nem conseguimos aproveitar nada”, diz Claudia.
Desde então, a vida foi pacata. A maioria deles fez faculdade, alguns abriram negócios próprios e todos seguem a morar na mesma rua, mas agora com seis crianças que nasceram dos casamentos.
Mas 2014 é o ano de recuperar a festa que eles nunca puderam ter. Querem comemorar os 15 anos de casado, as bodas de cristal. “Vamos só esperar minha mãe, que está com problemas de saúde, melhorar. Mas queremos uma festona”, diz Fátima. “Você acha que conseguimos patrocínio?”
As informações são do Jornal Folha de São Paulo.
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