Victor se redime de falha no primeiro gol, defende pênalti, e comemora resultado
Eletrizante, com direito a tudo que um grande clássico pode render. Estádio lotado, entrega em campo, qualidade técnica, emoção extrema, lances polêmicos e gols. O empate por 1 a 1 entre Cruzeiro e Atlético, na tarde deste domingo, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi um dos melhores dos últimos anos, registrou um dos grandes embates entre os dois clubes e deixou boas perspectivas para ambos os lados para a sequência da competição. Willian fez para os celestes e Carlos marcou para os atleticanos.
Pelo lado da Raposa, os cruzeirenses puderam ver um novo Cruzeiro neste ano, com a cara de Mano Menezes. Um time aguerrido, com muita vontade, brigando por cada bola, com uma postura tática encaixada e com muita velocidade. Sem falar da superação. O time suportou a pressão do rival para sair com o empate. Postura que mostra que os celestes podem fugir do risco de rebaixamento e buscar coisas melhores no campeonato.
Do lado do Galo, mostrou que a equipe tem poder de reação, pode contar com os atletas do banco, como Dátolo e Carlos, fundamentais para o empate, e que segue vive na briga pelo título. Apesar dos cinco pontos que o Corinthians abriu na tabela, após a vitória sobre o Joinville, o alvinegro mostrou qualidade para deixar a torcida animada e sonhando com a possibilidade de buscar o tão sonhado bicampeonato.
Na próxima rodada, os atleticanos jogam fora de casa contra o Santos e os cruzeirenses recebem o Vasco, no Mineirão.
Posição na tabela, momento do time, briga pelo título ou contra o rebaixamento. Nada disso importa em um clássico. Tudo se iguala. O que vale são os anos de rivalidade entre Raposa e Galo, a vontade de vencer um dos maiores clássicos do Brasil e a raça dos 22 atletas dentro de campo.
Com todo esse contexto de equilíbrio, as primeiras oportunidades surgiram apenas em falhas dos sistemas defensivos. Do lado celeste, Bruno Rodrigo vacilou, Pratto se antecipou e chutou cruzado para a boa defesa de Fábio. Por parte do alvinegro, Jemerson deu bobeira, a bola sobrou para Alisson, que bateu de curva e quase marcou.
Apesar da vontade igual de ambos os clubes em campo, pode-se apontar as diferenças nas estratégias. A Raposa apostava em um time fechado na defesa e sempre com muita velocidade na transição para o ataque. O Galo sustentava o toque de bola para tentar achar a melhor jogada. E ela veio aos 29 min, com Pratto, que desviou na pequena área e a bola saiu com muito perigo.
O lance de maior perigo celeste, que resultou no gol, veio após uma trapalhada da defesa alvinegra, aos 37 minutos. Patric cabeceou pra trás, a zaga não conseguiu cortar e Willian desviou a bola, que passou debaixo das pernas do goleiro Victor.
No segundo tempo, as posturas em campo se mantiveram. O Cruzeiro seguiu com as jogadas de velocidade e com a forte marcação. O Galo, assim como na primeira etapa, ficava mais com a bola, mas tentava ser mais agudo.
Com a expulsão de Mena, aos 7 min, o alvinegro partiu pro abafa. O que dava espaços para o rápido ataque celeste. Alisson desperdiçou dois ótimos contra-ataques para a Raposa ampliar. E uma das máximas do futebol é quem não faz leva. No fim do jogo, aos 43 minutos, Carlos fez de cabeça e deixou tudo igual.
A Raposa ainda poderia sair com o resultado heroico, por jogar com um a menos e contra o vice-líder da competição, mas Willian perdeu um pênalti, defendido por Victor, aos 46 minutos, lance que manteve o resultado de um dos clássicos mais eletrizantes dos últimos anos.
E como todo clássico que se preza, tem lances polêmicos. Os cruzeirenses reclamaram de um toque de mão de Leonardo Silva, dentro da área, no primeiro tempo. Já os atleticanos reclamam do pênalti dado em Willian, que teria sido fora da área.
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