Lynneeker, apesar das letras a mais e do 'y' ao invés do 'i', recebeu esse nome graças à passagem do atacante inglês no Japão nos anos 90
Por Arthur Costa
São José dos Campos, SP
Quando Lynneeker Nakamuta Paes de Albuquerque nasceu, em 11 de janeiro de 1993, seu quase homônimo inglês Gary Lineker, artilheiro da Copa do Mundo de 1986, estava prestes a se aposentar. Já havia deixado a seleção da Inglaterra um ano antes, após a disputa da Eurocopa de 1992 e, aos 32 anos, defendia o Nagoya Grampus, do Japão, onde foi morar para que seu filho tivesse mais chances de tratar um raro câncer.
Apesar das letras a mais e do "y" ao invés do "i", a semelhança entre os nomes do camisa 7 do Cruzeiro na Copa São Paulo de Futebol Júnior e do atacante ex-Leicester, Barcelona, Everton e Tottenham não é mera coincidência. Foi exatamente a história de Lineker dentro e fora dos gramados que motivou Anderson, o pai de Lynneeker, a homenagear o atual comentarista esportivo inglês.
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- Meu pai gostava muito do futebol do Lineker. Além do futebol, gostou muito do nome e decidiu homenagea-lo me dando seu nome - conta o meia-atacante cruzeirense de 19 anos.
O garoto foi crescendo, assim como a curiosidade pela origem de seu nome. Depois de ouvir dos pais a razão pela qual se chamava Lynneeker, recorreu à internet para saber quem era o tal atacante inglês.
- Quando vi, gostei muito. É um artilheiro, goleador, e eu como meia-atacante tenho muito o que me espelhar nele - conta.
Lineker, artilheiro da Copa do Mundo em 1986 e Lynneeker (Foto: Arte/Globoesporte.com)
Outro elo entre os quase homônimos é justamente o Japão. A mãe de Lynneeker é japonesa, bem como seus avós maternos. Se os últimos chutes de Lineker como profissional foram na terra do sol nascente, os primeiros da ainda precoce carreira de Lynneker foram no mesmo lugar. Por seis anos, a promessa cruzeirense morou no Japão, atuando na base do Jubilo Iwata.
Tenho muito o que me espelhar nele"
Lynneeker
Mas falar do outro lado do mundo não é assunto dos mais felizes para Lynneeker. Sua família ainda mora no Japão e a saudade é grande.
- A gente se vê uma vez por ano, quando temos férias. É ruim, mas faz parte - diz o meia, titular nos dois jogos da Raposa na Copinha.
Em toda sua carreira, Lineker nunca levou sequer um cartão amarelo, chegando a receber da Fifa o prêmio de fair play (jogo limpo), fato que o cruzeirense espera repetir.
- Até hoje nunca recebi cartão. Jogo ali na frente, tenho que marcar, mas espero continuar sem receber cartão - disse Lynneeker.
Lynneker em ação pela Copa São Paulo de Futebol Júnior (Foto: Claudio Capucho/PMSJC)
Na véspera de completar 20 anos, o meia cruzeirense entra em campo nesta quinta-feira, às 19h, no estádio Martins Pereira em São José dos Campos diante do time da casa pela terceira rodada do Grupo U da Copinha. A Raposa precisa vencer para garantir uma vaga no mata-mata.
Empatado com o São Caetano na liderança da chave com quatro pontos e o com o mesmo saldo de gols, precisa vencer o São José e secar o Azulão para garantir o primeiro lugar da chave. Caso vença, mas perca para o time do ABC no saldo de gols, deve garantir vaga como um dos sete melhores segundos colocados que também avançam ao mata-mata.
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