Raposa não consegue se impor, perde por 1 a 0 jogando diante de mais de 30 mil torcedores e irrita cruzeirenses
Não importava ter que deixar a cama bem cedo em pleno domingo, dia de descanso para boa parte da população brasileira, rumo ao Mineirão. O 'sacrifício' era válido para empurrar o Cruzeiro contra a Chapecoense. O horário incomum para a realização do jogo – com início marcado às 11h – se tornou um ótimo programa para a grande família azul. Mas nem tudo saiu como esperado. Enquanto os torcedores acordaram 'ao alvorecer', o time celeste entrou em campo dormindo.
Nem mesmo o gol da Chape, anotado pelo ex-cruzeirense Camilo, aos 35 min do primeiro tempo, foi capaz de despertar os comandados do técnico Vanderlei Luxemburgo. Ao invés de uma evolução natural da equipe estrelada, após três vitórias consecutivas – sobre Flamengo, Atlético e Vasco –, o que se viu foi a Raposa dando um passo para trás. A derrota por 1 a 0 diante de um adversário que não tem grandes aspirações no Brasileirão, foi um duro golpe para os mais de 33 mil torcedores pagantes.
Só que a China Azul não perdoou o péssimo futebol exibido dentro das quatro linhas e que representou o primeiro revés de Vanderlei Luxemburgo em seu retorno à agremiação mineira. Tirados do seu aconchego de casa, os aficionados entoaram gritos hostis contra o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, e exigiram medidas urgentes: “Queremos jogador”.
Das tribunas do Mineirão, uma esperança de dias melhores. Formado na base celeste, o atacante Vinícius Araújo acompanhava ao duelo. De volta ao time, o avante é um dos reforços para o segundo semestre. Mas ainda é pouco. Se quiser brigar nas cabeças, será preciso mais. Seja na busca por novas peças para o elenco, seja na melhora no dia a dia nos treinamentos.
No próximo domingo, o Cruzeiro encara o Coritiba, no Couto Pereira.
O jogo. A Raposa iniciou a partida com Allano e Willian caindo pelas pontas e Marquinhos atuando de forma mais centralizada. Apesar da velocidade, os atletas demonstravam carência de criatividade.
Defensivamente, o time celeste deu vários sustos. Afobados, os jogadores cometeram faltas desnecessárias. E foi a partir de uma delas que a Chapecoense abriu o placar. Mesmo de longe, Camilo, aos 35 min, acertou o canto esquerdo de Fábio, que demorou para cair na bola. Para muitos torcedores, a barreira também estavam mal montada.
A irritação da China Azul se tornou maior quando o árbitro Péricles Bassols Cortez deixou de assinalar pênalti para o Cruzeiro no fim do primeiro tempo. O juiz se omitiu, depois que a bola bateu no braço de Bruno Silva.
As mudanças para o segundo tempo não surtiram efeito. Resultado: 1 a 0 para a Chapecoense e muitas vaias da torcida estrelada.
CRUZEIRO 0 X 1 CHAPECOENSE
Motivo: 8ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Mineirão
Árbitro:Árbitro: Péricles Bassols Cortez (RJ)
Público 33.643 pagantes
Renda: R$ 1.743.925,99
Cartões Amarelos: Pará, Henrique, Bruno Edgar, Bruno Rodrigo (Cruzeiro); Gil, Danilo, Neto (Chapecoense)
Gol: Camilo (Chapecoense)
Cruzeiro
Fábio; Mayke (Fabiano), Manoel, Bruno Rodrigo e Pará (Joel); Charles e Henrique (Bruno Edgar); Allano, Marquinhos e Willian; Leandro Damião. Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Chapecoense
Danilo, Apodi, Rafael Lima, Neto e Dener; Elicarlos, Gil (Nenén), Bruno Silva, Wagner (Hyoran) e Camilo; Edmilson. Técnico: Vinícius Eutrópio
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