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| Fábio ao lado de sua esposa Sandra e seus filhos Pablo e Valentina |
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| Fábio ao lado de sua esposa Sandra e seus filhos Pablo e Valentina |
Existe um Fábio que poucos conhecem. Não é o que salva o time dentro de campo, nem o que evoca palavras de fé. É o Fábio parceiro, sorridente, que não nega um autógrafo e ajuda quem precisa sem questão de publicidade.
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Quando pisou no gramado de São Januário, neste sábado, no Rio de Janeiro, Fábio entrou para a história como o jogador com mais partidas em 94 anos de clube. É mais de uma década e meia de Cruzeiro, que se soma a uma rápida passagem em 2000. Mas as 634 partidas não se limitam às quatro linhas.
Líder e capitão por postura e carisma, o goleiro conquistou uma legião de fãs, dos grandões à molecada. Por onde quer que ande, arranca grito de “lindo” das tietes e o reconhecimento dos demais. “Se tiver cem pessoas pedindo para tirar foto ou autógrafo, ele atende até o fim”, garante o segurança do clube Michael Júnior, sempre pronto para colocar ordem na algazarra.
No escritório de trabalho, a Toca II, Fábio também coleciona amigos e admiradores. Cada funcionário tem seu episódio para contar. “Na semana passada, ele ficou até tarde na academia, acabou o horário de visita, e uma menina saiu chorando. Só que ela ficou esperando na portaria. Daí ele chegou e atendeu”, relata o porteiro do centro de treinamentos Geovane dos Santos.
Solidariedade. No Cruzeiro há 18 anos, o administrador da Toca II, Otávio Coutinho, costuma tomar frente na mobilização de jogadores em prol de causas ou entidades sociais. “Nunca ouvi um ‘não’ do Fábio”, reforça Coutinho.
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De tantas ações, uma exemplifica bem o espírito de caridade. Certa vez, um porteiro do CT sofreu acidente de moto e ficou tetraplégico. Com a ajuda do goleiro e de outros atletas, o clube construiu uma casa toda adaptada, em Sete Lagoas. Fábio também costuma receber cartas com pedidos de presença ou um simples abraço, muitas delas, de pacientes terminais. Ele, claro, não se omite.
De “bagunceiro” a atleta exemplar
Todo jogador tem seus tempos de rebeldia. Os que se endireitam dão um importante passo rumo ao estrelato. Com Fábio não foi diferente. “Eu me lembro dele novinho. Era muito bagunceiro, não ligava para nada. Não levava as coisas muito a sério. Mas ele evoluiu demais”, conta o roupeiro Geraldinho.
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| Fábio ao lado de sua esposa Sandra |
Há mais de quatro décadas no clube, o supervisor de futebol Benecy Queiroz já conviveu com os mais diferentes perfis de atleta. “Uma coisa importante na vida do Fábio foi o seu casamento. Ele era um jovem atirado, normal da sua idade. Hoje tem sido um exemplo para os demais atletas”, destacou o supervisor.
Para o presidente Gilvan de Pinho Tavares, Fábio cumpre bem o papel de ser o principal nome do clube nos últimos anos. “Ele é um excelente atleta, cumpre suas obrigações e, sobretudo, é companheiro, líder, e ajuda as pessoas”, afirmou o dirigente.
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