sábado, 20 de fevereiro de 2016

SADA CRUZEIRO VENCE ARGENTINOS E ESTÁ EM MAIS UM FINAL

Argentinos tentaram usar da catimba para desconcentrar brasileiros, sem muito sucesso


No Sul-Americano, ou é oito ou oitenta. Ou enfrenta-se times de baixo nível técnico ou pedreiras, vindas de Brasil e Argentina.
Para se chegar ao topo, é preciso passar por elas e foi isso que o Sada Cruzeiro fez, neste sábado, contra o UPCN-ARG. Em reedição da final do último Sul-Americano, vencida pelo time de San Juan, o time celeste confirmou sua vaga na decisão, após vitória sobre os argentinos por 3 a 0 (25/22, 26/24 e 25/16). O triunfo aumentou a vantagem azul no retrospecto contra o time argentino, que chegou a incomodar os brasileiros em anos recentes. As provocações e encaradas não faltaram, dando o tom de rivalidade que Brasil e Argentina continuarão tendo por muitos anos.
O resultado deixa os mineiros a uma vitória do tricampeonato continental, que pode vir neste domingo, às 18h.
Na decisão, o Cruzeiro vai enfrentar o vencedor de Funvic-Taubaté-SP, anfitrião do campeonato e Personal Bolívar-ARG, que entrariam em quadra na sequência. Até o fechamento desta matéria, o jogo ainda não havia terminado.
Também neste domingo, às 16h, acontece a decisão de terceiro lugar. Ambos os jogos serão transmitidos pelos canais Esporte Interativo.
Oitavo jogador. A torcida de Taubaté, que conhece bem a força do Cruzeiro, que passou pelo time paulista nos três confrontos na atual temporada, fez o que podia para apoiar o time argentino. O oitavo jogador foi insuficiente para a UPCN, que fez um jogo bem melhor que o anterior, na sexta, quando caiu para o rival Personal Bolívar.
Apesar da evolução, o Sada Cruzeiro fez um jogo equilibrado, com saque, defesa e ataque indo bem. O levantador William foi preciso na distribuição das jogadas. ‘El Mago’ usou a intuição para perceber o bom momento do oposto Wallace e usá-lo em boa parte dos contra-ataques. Leal esteve bem marcado e o meio foi outra boa opção do armador para furar o chão adversário.
Quem também se saiu bem foi o ponta Filipe. Com a recepção calibrada e os ataques variando entre exploradas e bolas no chão, ele fez bem sua função e deu boa ajuda no resultado positivo.
Mesmo com toda a vontade que lhes é peculiar, a UPCN teve na sua irregularidade um pecado que não foi perdoado contra uma das potências do cenário mundial. 
O jogo. O primeiro set foi bastante disputado, tendo os argentinos com ligeira vantagem no seu início. O bom começo mostrou para a UPCN que a vitória era possível, deixando o time confiante. Com a dobradinha entre William e Wallace indo bem, o empate foi buscado na reta final da parcial, quando a virada veio e não mais escapou.
No segundo set, o equilíbrio foi mantido. Após o segundo tempo técnico, o Cruzeiro abriu 17 a 14, aproveitando erros de passe e ataque dos portenhos. A virada argentina veio e deixou tudo imprevisível novamente. O time de BH se recompôs para fechar em duelo apertado.
No começo do terceiro set, o UPCN teve mais baixos do que altos, permitindo que o adversário abrisse vantagem. Um 14 a 8, antes do tempo técnico, deixou tudo bem encaminhado para os atuais campeões mundiais.
Com a faca e o queijo na mão, bastou um corte para finalizar o confronto e fazer os argentinos pensarem em, no máximo, uma medalha de bronze.

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