Todo grande esquadrão do Cruzeiro possuía um jogador diferenciado ou, no mínimo, dono de muito talento em seu meio-campo, fosse ele um atleta mais clássico, ágil, astuto ou persistente. Dirceu Lopes, Tostão, Alex e Everton Ribeiro foram alguns dos responsáveis por conduzir orquestras celestes em várias sinfonias da vitória. Eram mágicos capazes de truques inimagináveis. Arquitetos de conquistas memoráveis.
Por conta destes e tantos outros maestros da história da Raposa é que a China Azul sempre exige da diretoria um meia que desequilibre. Quando um futebolista com tais predicados se faz presente no elenco, surgir uma chama de esperança nos torcedores, ansiosos por mais troféus na extensa galeria do clube. Em 2015, a carência de um armador de ofício está associada a uma campanha irregular do time. Mas para a cúpula azul, Ariel Cabral poderá ser o encarregado de resolver o grave problema da ligação do miolo da equipe com o ataque, mesmo não sendo um camisa 10 de origem.
Apresentado nesta quarta, na Toca II, Ariel é desconhecido do público brasileiro. Ele não é um autêntico meia. Trata-se de um atleta que atua como segundo ou terceiro volante, tendo lampejos de armador. Porém, a diretoria estrelada pensa diferente e o enxerga como a peça que o plantel tanto necessitava.
“Um meia de estatura elevada, com bom toque de bola, habilidoso e muito elogiado pela imprensa argentina. Joga na posição que a torcida do Cruzeiro tem pedido para contratar”, declarou o presidente da Raposa, Gilvan de Pinho Tavares, sobre Ariel, durante a apresentação do jogador, na tarde desta quarta.
O próprio atleta, porém, fez questão de salientar qual sua verdadeira posição. “Sou um volante misto. Ajudo a equipe atrás e, se precisar, armar o time, me sinto confortável nesda função também. Ataco e defendo. Com 27 anos aprendi muito. Me sinto com confiança”, afirmou Ariel.
A vontade de entrar em campo é tão grande que o atleta já se diz em condições de estrear no próximo domingo, contra o Palmeiras, no Mineirão. Porém, não quer apressar os planos da comissão técnica, que irá realizar um trabalho físico minucioso para o volante, ausente de partidas oficiais desde março deste ano.
“Por mim, já atuaria no próximo jogo. Mas tenho que falar com o treinador e ver o que ele pensa de mim, o quanto falta ainda”, ressaltou o ex-meio-campista do Vélez Sarsfield-ARG.
Uniforme
Camisa. O volante argentino escolheu usar a camisa de número 40 no Cruzeiro. No Vélez Sarsfield-ARG, o meio-campista atuou como um camisa 8, mas também fez papel de um 11 na equipe hermana.
Time terá Léo e Fabrício improvisados
Como já havia indicado ao fim do empate com o Sport, o técnico Vanderlei Luxemburgo irá improvisar o zagueiro Léo na ala direita e o lateral-esquerdo Fabrício no meio-campo para o confronto de domingo com o Palmeiras, no Mineirão, pela 17ª rodada do Brasileirão. Os dois atletas entram nas vagas dos suspensos Mayke e Charles, respectivamente.
O zagueiro Manoel foi poupado da atividade tática desta quarta-feira, na Toca da Raposa II. Ele ficou na academia fazendo trabalhos físicos, mas não será problema para o duelo. O trio ofensivo com Alisson, Marinho e Vinícius Araújo deverá ser mantido no jogo de domingo.
Copa do Brasil
Definição. A CBF anunciou nesta quarta as datas e os horários dos confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil. O Cruzeiro fará a primeira partida contra o Palmeiras na próxima quarta-feira, dia 19 de agosto, às 22h, no Allianz Parque, em São Paulo. O jogo de volta será no dia 26 de agosto, também às 22h, no Mineirão.
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