Covardia em nome do futebol
O verdadeiro sentido do futebol se perdeu. Não há mais a magia de torcer pelo time do coração com integridade e respeito pelo diferente. Torcer pelo time rival virou crime. O atleticano virou inimigo do cruzeirense, do rubro-negro, do tricolor, do colorado, do vascaíno e "vices-versas". A rivalidade clubística virou uma guerra sem precedentes. E em nome de quê? Fundamentalizada em quê?
DESABAFO DE LUDYMILLA SÁ
Sou mãe, mas antes de tudo cidadã. Fiquei perplexa com a bandeira confeccionada por uma parte da torcida do Flamengo com alusão à doença grave de dona Miguelina, mãe de Ronaldinho Gaúcho. Para atingir o jogador, que deixou o clube carioca de forma nada amistosa, um grupo de torcedores se achou no direito de brincar com o problema de Dona Miguelina. Uma verdadeira covardia e brutalidade. Desculpem-me o desabado, caros leitores, mas seres como esses não podem ser humanos, não devem ter mãe. Ou pelo menos uma mãe de verdade, na acepção da palavra.
Lembro-me bem da união recente de atleticanos e cruzeirenses pelo apoio ao armador Montillo em razão da cirurgia do filho do jogador da Raposa, portador de síndrome de Down. Verdadeiros torcedores e, sobretudo cidadãos, agem assim, com dignidade e respeito ao próximo. Família é um bem que deve ser preservado. E atitudes como a daqueles flamenguistas não podem jamais serem banalizadas e consideradas normais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário