Colorado não repetiu boas atuações passadas, acabou acuado pelos colombianos no El Campín e precisará vencer por dois gols no Beira-Rio para chegar à semifinal
Após sair vivo do Horto, o Inter não conseguiu sobreviver ao El Campín. Parecia que seguraria um empate sem gols, mas a pressão foi grande demais. Até para Alisson, dono de defesas gigantescas. Que nada pôde fazer em cabeçada de Mosquera, aos 46 minutos do segundo tempo. O Colorado perdeu por 1 a 0 na noite desta quarta-feira para o Santa Fé e largou em desvantagem pela ida das quartas da Libertadores.
Com o resultado, o Inter precisa vencer por dois gols de diferença para passar de fase. Se devolver o 1 a 0, vai a pênaltis. Ao Santa Fé, cabe qualquer empate ou derrotas por um gol de diferença marcando na casa do rival. Antes de receber os colombianos, o Colorado tem compromisso no Brasileirão. Com time reserva, visita o Vasco, às 18h30 de sábado.
O primeiro tempo teve 46 minutos, mas pode ser contado a partir dos dez minutos finais. Foi quando a partida, muito estudada e sem chutes a gol, ganhou mais emoção. Graças ao Inter, que conseguiu encaixar contra-ataques depois de se defender bem. Aos 36, Valdívia quase encobriu o goleiro, como fizera com que Victor no Beira-Rio. Dois minutos depois, Ernando se aventurou ao ataque e finalizou colocado, com perigo. Aos 45, Mosquera foi o dono do único susto contra a meta de Alisson, em chute que subiu demais.
O que se elevou também foi a temperatura do jogo. O vento frio de Bogotá não foi páreo para o temperamento quente de D'Alessandro. Aos 40 minutos, foi à loucura após o árbitro Nestor Pitana não amarelar um zagueiro do Santa Fé devido à jogada forte sobre Valdívia. Reclamou tanto que recebeu cartão. No intervalo, insistiu com a bronca diante do auxiliar.
O Inter não manteve a mesma intensidade. Começou a ser, pouco a pouco, envolvido pelo Santa Fé. Pouco vibrante, a torcida também acordou. Aos 19 do segundo tempo, a melhor chance colombiana. Alisson salvou a cabeçada à queima-roupa e, no rebote, Mosquera acertou o travessão. Aos 27, novamente Alisson mostrou que sua estrela está brilhando como nunca. Espalmou chute da marca penal e salvou o Inter. Um minuto depois, Borja, que recém havia entrado, cara a cara com o goleiro, isola.
A reposta de Aguirre? Colocar Nilmar na vaga de Sasha. Aos 33, deu certo. O atacante transformou um corte da zaga do Inter em lançamento, venceu o zagueiro na velocidade e encobriu o goleiro. Castellanos consegue espalmar e Mina afastou de vez, próximo à linha do gol. Um sopro de esperança diante de um Inter cansado. Parecia se arrastar em campo. Seria efeito da altitude de 2,6 mil metros? O relógio virou sua maior defesa. Até os 46 minutos, quando Mosquera acertou cabeçada após escanteio: 1 a 0, e derrota na Colômbia.
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