Clube argentino não vencia um título continental desde 1997, quando foi campeão da Supercopa Libertadores em cima do São Paulo
Após um empate emocionante no primeiro jogo, River Plate-ARG e Atlético Nacional fizeram a segunda partida da grande final da Copa Sul-Americana nesta quarta-feira (10). Assim como na partida de ida, quando a torcida colombiana pressionou durante os noventa minutos, a torcida dos Milionários apoiou e fez a diferença para os argentinos conquistarem o título, que veio após a vitória por 2 a 0.
O River foi campeão sem perder nenhuma partida e, jogando em casa, não chegou sequer a empatar. Foi o primeiro título do time argentino da competição, que se juntou ao arquirrival Boca Juniors, San Lorenzo, Arsenal, Independiente e Lanús como representantes do país a levantarem a taça do segundo torneio continental mais importante.
O JOGO
Jogando em casa, o River pressionava e não deixava o time colombiano criar nenhum tipo de jogada ofensiva. A primeira chance perigosa dos argentinos saiu logo aos dois minutos, quando Pisculichi cobrou falta fechada e ninguém conseguiu o desvio. A bola quase enganou o goleiro Armani, que conseguiu fazer boa defesa.
Aos oito minutos, Pisculichi, o dono das bolas paradas do River, cruzou fechado mais uma vez. Armani afastou, mas a bola sobrou para Carlos Sánchez, que pegou de primeira e obrigou o goleiro colombiano a fazer outra bela defesa. Os Millonarios não paravam. Com 15 minutos, Sánchez achou Teo Gutíerrez, que chutou cruzado, mas Armani defendeu. O goleiro visitante foi o destaque da partida no primeiro tempo.
Téo perdeu as melhores chances do River na partida. Aos 27 minutos, o atacante recebeu cruzamento e emendou um peixinho, mas Armani defendeu. Três minutos mais tarde, o artilheiro recebeu bola em profundidade, deixou o marcador na saudade e bateu no canto. No entanto, mais uma vez parou no goleiro.
A primeira grande chance do Nacional saiu somente aos 32 minutos. Cardona tocou para Ruiz, que driblou a marcação e chutou colocado, mas a bola foi para fora. Aos 34, novamente Ruiz. Atacante recebeu bola na linha de fundo, da bonito drible no zagueiro e cruza para Bernal, mas Barovero antecipou bem e evitou que o meia colombiano chegasse na bola. Na reta final, os visitantes começaram a gostar do jogo. Aos 39 minutos, Berrío ajeitou para Cardona, que chutou rasteiro e obrigou Barovero a defender com o pé para salvar o River. No último lance do primeiro tempo, Teo Gutíerrez ainda perdeu mais uma chance de abrir o placar, após receber bola na área e se enrolar na hora da finalização.
CONTINENTE SE RENDE AOS ARGENTINOS
A pressão de todo o primeiro tempo que o River fez em cima do Nacional só resultou em gol na segunda etapa, quando, por ironia, o time argentino voltou mais cauteloso. Aos nove minutos, Pisculichi cobrou escanteio na cabeça do lateral Mercado, que deu uma de atacante e testou para o chão, sem chances para Armani. Era o primeiro gol dos donos da casa. A torcida foi à loucura no Monumental de Nuñez.
Com placar favorável e a torcida cantando sem parar, não demorou muito para o time argentino ampliar. Aos 13 minutos, o lance do segundo gol parecia até replay do primeiro. Pisculichi bateu escanteio pelo lado esquerdo, mas desta vez foi Pezzella quem subiu para cabecear e marcar.
Ao modo argentino de jogar, o River, com boa vantagem no placar, começou a esfriar o jogo e fazer cera, só esperando o tempo passar para colocar a mão na taça.
Com o título, o River quebrou um jejum de 17 anos sem vencer campeonatos continentais e colocou novamente a Argentina no topo da América do Sul, já que outro time do país, o San Lorenzo, foi campeão da Libertadores nesta temporada. A última conquista do Millonario havia sido na Supercopa Libertadores de 1997, quando derrotou o São Paulo. Com a vitória, o River assegurou uma vaga na Libertadores de 2015.
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Gols
River Plate-ARG: Mercado 9' 2T, Pezzella 13' 2T
River Plate-ARG
Marcelo Barovero;
Gabriel Mercado, German Pezzella, Funes Mori e Vangioni;
Ponzio (Kranevitter), Carlos Sánchez, Ariel Rojas e Pisculichi (Driussi);
Rodrigo Mora e Teófilo Gutiérrez (Cavenaghi).
Gabriel Mercado, German Pezzella, Funes Mori e Vangioni;
Ponzio (Kranevitter), Carlos Sánchez, Ariel Rojas e Pisculichi (Driussi);
Rodrigo Mora e Teófilo Gutiérrez (Cavenaghi).
Técnico: Marcelo Gallardo
Atlético Nacional-COL
Armani;
Nájera (Murillo), Henríquez, Valencia e Bocanegra;
Mejía, Bernal e Cardona e Díaz (Guisao);
Berrío (Cárdenas) e Ruiz.
Nájera (Murillo), Henríquez, Valencia e Bocanegra;
Mejía, Bernal e Cardona e Díaz (Guisao);
Berrío (Cárdenas) e Ruiz.
Técnico: Juan Carlos Osorio
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