quinta-feira, 27 de novembro de 2014

RIVER PLATE FAZ 1 X 0 NO BOCA JUNIORS E ESTÁ NA FINAL DA COPA SUL-AMERICANA

Em partida para Gigliotti esquecer, Pisculichi domina o jogo e coloca o River na final da Sul-Americana

Gigliotti perde pênalti ainda aos dois minutos de jogo, para desespero do Boca Juniors
Gigliotti perde pênalti ainda aos dois minutos de jogo, para desespero do Boca Juniors
Pela primeira vez na história o River Plate eliminou o rival Boca Juniors em um confronto mata-mata. Com um gol de Pisculichi, melhor jogador no estádio Monumental de Nuñes, em Buenos Aires, o Millionários agora pode comemorar uma vaga na final da Copa Sul-Americana com o placar de 1 a 0.
O jogo marcou também a fatídica lembrança de Max Lopez no último confronto em competição internacionais entre os rivais. Há dez anos, River e Boca decidiam a semifinal da Libertadores de 2004. Com gols de Gonzalez, Nasuti e ainda Carlitos Tévez, a decisão terminou nos pênaltis - com vantagem para o La Boca por 5 a 4.
Outra curiosidade também mexeu com os ânimos do River Plate nesta semana. Há 11 anos o clube não chega a uma final de competição continental. A última vez foi exatamente na Copa Sul-Americana de 2003, contra o Cienciano-PER, mas acabou derroto por por 1 a 0 na grande final, após empatar em 3 a 3 no primeiro jogo.
TIREM OS CARDÍACOS DA SALA
Em campo, no estádio Monumental de Nuñes, havia muito mais que 22 jogadores e uma disputa por uma vaga na grande final da Sul-Americana contra o Atlético Nacional-COL. Ao olhar para o gramado era possível ver toda a rivalidade que o confronto carregava, enquanto a torcida do River Plate fez um show a parte nas arquibancadas.
De um lado Pisculichi e Teó Gutiérrez, do outro Fernando Gago e Calleri. Com muitos jogadores lutando por uma oportunidade de se tornar protagonistas, foi o árbitro Germán Delfino que resolveu chamar a atenção. Com apenas 20 segundos de jogo, o 'ator do apito' marcou um pênalti de Ariel Rojas em Marcelo Meli.
Houve muita reclamação e protesto dos jogadores do River, porém nada poder ser feito. Mas parece que os 'deuses do futebol' resolveram criar um vilão para o confronto, que já contava com um candidato a protagonista. Gigliotti pegou a bola e caminhou em direção a grande área, enquanto pedia calma ao restante do elenco. Na cobrança, de forma previsível, o atacante viu Barovero pular no canto esquerdo e espalmar para fora, no momento em que o Monumental explodiu em Buenos Aires.
Quase dez minutos depois, quando o relógio marcava dezesseis jogados, o River Plate promoveu uma bela troca de passes no campo de ataque. No canto esquerdo da grande área, Vangioni recebeu e errou por muito o chute, mas Pisculichi ainda conseguiu aproveitar a sobra no meio da grande área e bateu de primeira, no canto esquerdo do goleiro Orión, sem chances ao adversário. O placar estava inaugurado no histórico confronto argentino.
Depois de muito pressionar, o River voltou ao campo defensivo e viu o adversário criar boas chances. Após cobrança de falta no lado direito, a zaga adversário afasta e o Boca joga a bola de novo na área, para Gigliotti. o atacante domina e bate forte, sem chances para o goleiro Barovero, mas o assistente assinala impedimento de forma errada, já que a zaga do River dava condição ao jogador. Nem mesmo a sorte estava do lado do camisa nove.
Aos 38 minutos, novamente em cobrança de falta, mas agora mais centralizado, Calleri sobe sozinho na marca do pênalti e cabeceia em direção ao gol de Barovero, que pula e vê a bola passar por cima do seu travessão. Pouco tempo depois, o River respondeu e Vangioni cruza para Téo Gutiérrez, que escorou firme para a meta, mas Orión fez grande defesa no Monumental.
E a redonda voltou a punir Gigliotti. Realmente este não era o dia do atacante. Em bola levantada na área mais uma vez pelo Boca, Fuenzalida, zagueiro adversário que tinha acabado de entrar no jogo, rebate mal para trás e ela sobra sozinha para o atacante, que tenta bater de cabeça, no contra pé de Barovero, mas joga para fora.
NO SANGUE, NA RIVALIDADE
O segundo tempo recebeu um tom mais de guerra no gramado do estádio Monumental de Nuñes. Com apenas treze minutos jogados, o árbitro Germán Delfino já havia aplicado dois cartões amarelos, um para cada lado. Foram pontapés, chutes, chegadas atrasadas e carrinhos firmes que terminavam em pequenas discussões
Com a torcida a seu favor, o River Plate ensaiou uma pressão diante do rival. Pisculichi chegou a bater firme para o gol, enquanto Téo Gutiérrez também obrigou o goleiro Orión a fazer uma grande defesa. Pouco tempo depois, Sánchez finta bem e chega na linha de fundo, mas não consegue acertar um bom cruzamento para Pisculichi.
Pisculichi marca, River derrota o Boca e agora está na final da Sul-Americana
No banco de reservas, os técnicos Arruabarrena e Gallardo resolveram trabalhar. O visitante tirou Fuenzalida, que já tinha entrada no decorrer da partida, mas que levou um cartão amarelo infantil e estava correndo o risco de deixar o campo mais cedo. Do outro lado, o dono da casa tirou Pisculichi, o melhor jogador em campo, e colocou Cavenaghi.
Sem mais meio-campo, o Boca Juniors se desesperou e apostou nas bolas alçadas na grande área, mas sem sucesso. O time de Rodolfo Arruabarrena precisava de apenas um gol, bonito ou feio, para calar o Monumental e chegar a grande final. E por mais que o árbitro tenha acrescentado cinco minutos, o River segurou o empate e garantiu a vaga.
PRÓXIMOS JOGOS
Agora na grande final da Copa Sul-Americana, o River Plate volta ao campo na próxima quarta-feira, às 22 horas, no estádio Atanasio Girardot, em Medellín, na Colômbia, contra o Atlético Nacional - que eliminou o São Paulo nos pênaltis na outra semifinal.
River Plate-ARG
1x0
Boca Juniors-ARG


Local
Monumental de Nuñes - Buenos Aires



 Gols: River Plate-ARG: Pisculichi 16' 1T

River Plate-ARG
Marcelo Barovero;
Mercado, German Pezzella, Ramiro Funes Mori e Vangioni;
Carlos Sánchez, Ponzio, Pisculichi (Augusto Solari) e Ariel Rojas;
Teófilo Gutiérrez e Rodrigo Mora (Cavenaghi).
Técnico: Marcelo Gallardo
Boca Juniors-ARG
Orión;
Leandro Marín, Forlín, Cata Díaz e Colazo;
Erbes (Castellani), Fernando Gago (Fuenzalida e Andrés Chávez), Carrizo e Marcelo Meli;
Calleri e Gigliotti.
Técnico: Rodolfo Arruabarrena

Nenhum comentário: