Equipe celeste precisa de mais uma vitória para chegar à quinta final seguida de Superliga masculina
A fila de carros do lado de fora do ginásio do Riacho, provocando congestionamento minutos antes do primeiro jogo das semifinais da Superliga masculina entre Sada Cruzeiro e Minas Tênis Clube denunciava que tratava-se de um jogo diferente.
A grande procura da torcida, que esgotou os ingressos de forma antecipada, fez a prefeitura alterar as normas de estacionamento nas redondezas, fazendo com que muitos entrassem no poliesportivo com o jogo já em andamento.
Com a bola no alto, um esperado equilíbrio dos rivais responsáveis pelo maior clássico do vôlei brasileiro. Mesmo em casa e com toda a torcida a seu favor, o Sada Cruzeiro teve dificuldades diante de um Minas bem postado.
Errando menos e com melhor aproveitamento ofensivo, os donos da casa não perderam a chance de abrir vantagem na série melhor de três com uma vitória por 3 a 1 (25/23, 26/24, 23/25 e 25/21), definida nos detalhes. Apesar da derrota, o Minas mostrou ter um time com condições para encarar o favorito Sada Cruzeiro de frente. O retrospecto contra o rival, que já era favorável aos azuis, agora aumenta. Na atual temporada, são cinco jogo e apenas uma derrota.
"Agora jogamos a responsabilidade para o lado deles, que precisarão vencer para se manterem vivos. Acho que poderíamos ter entrado em quadra mais soltos, isso nos prejudicou um pouco. Mas, no geral, fomos bem e conseguimos o nosso objetivo”, comemora o líbero Serginho.
Mais uma vitória coloca o time do técnico Marcelo Mendez em sua quinta final seguida de Superliga. O próximo jogo acontece no dia 30, às 18h30, na Arena Minas. O time da Rua da Bahia, que teve torcedores presentes no Riacho, precisa vencer para forçar um terceiro e decisivo duelo. Garantido mesmo é a presença de um time mineiro na final do maior torneio do país, comprovando a hegemonia do Estado no segundo esporte nacional.
Novidade teve polêmica. O jogo contou com a estreia do sistema da Penalty na Superliga. No segundo set, um ace de Leal causou confusão, uma vez que o árbitro deu bola dentro e a imagem da TV apontou saque fora. O supervisor do Minas, Cebola, reclamou bastante e chegou a pedir a suspensão da sua utilização.
A justificativa é que o sistema aponta bolas dentro ou fora com margem de, no máximo, 30cm. Como o saque do cubano saiu por uma distância maior, a decisão ficou a cargo do árbitro, que acabou errando na sua decisão, depois de ser mal auxiliado pelo juiz de linha.
Duelo foi parelho do início ao fim
O jogo começou com erros de saques dos dois lados e troca de pontos já no side-out, sem contra-ataques. A maior diferença no placar era de dois pontos e variou entre as equipes, que contavam com a ajuda dos bloqueios. Graças a uma certa inconstância azul no passe, o Minas logo recuperava a vantagem cruzeirense.
Se não fosse por tantos erros de saque na primeira parcial, o Minas poderia ter incomodado mais o atual campeão brasileiro. Os pontos dados para os donos da casa pesaram para a abertura do placar a favor dos celestes.
No segundo set, o Minas não se mostrou abatido. Três pontos foram abertos para os visitantes logo após o primeiro tempo técnico. Com erros do time de Lourdes, o Sada buscou o empate, com a torcida tendo importante papel na recuperação.
Com Leal respondendo aos chamados de William, a vantagem celeste chegou aos quatro pontos. Aguerrido, o Minas chegou a levar o jogo para depois do 25 pontos, mas foi castigado com erros de saque na reta final da etapa, além de uma rede no momento mais decisivo.
Precisando ir pra cima, o Minas foi para o terceiro set com João Rafael no lugar do ponta Canuto. Mas, desta vez, quem começou melhor foi o Cruzeiro.
A pequena vantagem aberta foi mantida pelo azuis, que mantiveram a postura agressiva, mas viam do outro lado um Minas aguerrido. O empate foi buscado nos 16 pontos, dando ao jogo ainda mais emoção. Concentrado, os visitantes aproveitaram as jogadas a seu favor para diminuir o prejuízo.
Sem querer dar chance para o tie-break, o Sada entrou para matar o jogo. Isac levantou a torcida com um duplo ace, mas o Minas logo buscou a virada nos 8 a 7.
O ponto a ponto continuou dando ao jogo a certeza de imprevisibilidade. Mais estável, os celestes aproveitaram o momento a favor no final da parcial para fechar o jogo e desbancar o maior rival.
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