quinta-feira, 19 de março de 2015

VITÓRIA BRASILEIRA, COMEÇA NOS PÉS DE UM COLOMBIANO E VEM DA CABEÇA DE UM ARGENTINO. ESSE É O ATLÉTICO MINEIRO QUE MANTÉM VIVO O SONHO DA CLASSIFICAÇÃO

Com gol solitário do Argentino Lucas Pratto no segundo tempo, alvinegro bateu Santa Fe, em Bogotá na Colômbia

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Lucas Pratto foi decisivo para manter sonho atleticano na competição
Era um jogo de alto risco mas, como sempre, o Atlético acreditava. Nem mesmo um empate seria um bom resultado. Pressionado pelas derrotas nas duas primeiras rodadas, o alvinegro encarou o Santa Fe-COL, nesta noite, em Bogotá, com a responsabilidade de vencer. E sob a batuta do argentino Lucas Pratto, sua principal contratação para a temporada, o Galo volta a se erguer.
A vitória magrinha por 1 a 0 foi suficiente para deixar o Atlético vivo no grupo 1 da Copa Libertadores. Com os primeiros três pontos, o time se iguala ao Atlas-MEX, e fica a três de Colo-Colo-CHI e Santa Fe. Agora, no returno, o Galo terá dois dos três jogos dentro de seus domínios para conseguir a classificação para a próxima fase.
Desde o início, o recado estava dado. Chega daquela monotonia! A personalidade era outra, a marcação e a velha raça estavam de volta. Mas, já que o Galo tomou a iniciativa, o perigo eram os contra-ataques ligados, muitas vezes, por lançamentos longos ou por enfiadas no meio da defesa.
A 2.640 m do nível do mar, a capital colombiana não é a das mais temidas para se praticar o futebol. Por outro lado, os efeitos na bola, bem mais rápida do que o padrões normais, dificultavam os trabalhos para os jogadores do Galo, que calibravam mal a dosagem nos cruzamentos.
Bem mais adaptado a esse jogo corrido, o time da casa ganhava terreno com agilidade, invadindo a área de Victor sempre com certo perigo. Perspicaz, o Santa Fe se armava para aproveitar qualquer mínimo erro do time brasileiro.
No fim da primeira etapa, o ímpeto alvinegro caiu, principalmente, por falta de uma ligação mais eficiente entre o meio-campo e o ataque. Sob os olhares dos familiares, o colombiano Cárdenas não produziu o que se esperava, enquanto isso, o argentino Pratto seguia isolado.
O jogadores foram para o intervalo falando em arriscar, o que deixaria o time aberto. Com 100% de aproveitamento em dois jogos, o Santa Fe queria encaminhar de vez sua classificação já na noite de ontem. Por isso, aumentou o volume de jogo e fez o Galo passar sufoco.
Certeiro. Insatisfeito, Levir preparava uma dupla substituição e um dos sacados, provavelmente, seria Cárdenas. Mas, como o rótulo do treinador é “burro com sorte”, ele aguardou a cobrança de escanteio pelo colombiano que achou Pratto no meio da área. A cabeçada certeira do argentino, em seu primeiro jogo na competição, pôs fim a 238 minutos de espera para a torcida do Galo comemorar um gol nesta Libertadores.
O jogo, agora, ganhava novos contornos. Era preciso suportar a pressão. O Santa Fe não venderia barato a sua primeira derrota pra uma equipe brasileira no El Campín. Victor precisou trabalhar. Na base do contra-ataque, o alvinegro chegou a criar chances de ampliar. Mas a prova que a noite seria alvinegra foi a bola no travessão de Victor a quatro minutos do fim.

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