terça-feira, 24 de novembro de 2015

SEXO UMA VEZ POR SEMANA É SUFICIENTE PARA UMA FELICIDADE CONJUGAL

Dormir imediatamente depois de uma relação sexual é bom sinal

Fazer sexo apenas uma vez por semana é o suficiente para ter um nível ótimo de felicidade entre os casamentos heterossexuais ou as relações de casal de longo prazo.

Para fazer essa afirmação, pesquisadores tomaram como base mais de 30 mil norte-americanos durante quatro décadas, segundo detalhes do estudo publicado na revista especializada “Social Psychological and Personality Science”.
“Embora o sexo mais frequente esteja associado a maior felicidade, essa relação já não é significante numa frequência maior do que uma vez por semana”, explica a pesquisadora Amy Muise, psicóloga social da Universidade de Toronto-Mississauga. “Nossas descobertas sugerem que é importante manter uma conexão íntima com o parceiro, mas não é necessário fazer sexo todos os dias para isso”, acrescenta ela.
Essa relação entre frequência e satisfação tem a ver também com a qualidade do sexo que é praticado. As preliminares e o ato sexual foram minuciosamente estudados pela ciência, os sexólogos e a literatura; mas, segundo Muise, muito pouco é dito sobre o comportamento pós-coito, com exceção do cinema, que se encarregou de ressaltar, várias vezes, que a etiqueta exige fumar um cigarro – ainda que com a lei antifumo seja possível que as coisas tenham mudado.

Em linhas gerais, se as preliminares nos preparam fisiologicamente para o sexo, o pós-sexo nos predispõe psicológica e mentalmente para a relação. Um trabalho mais a longo prazo e, portanto, mais difícil.

Causa e efeito. Os pesquisadores observaram que a intenção do estudo não é mostrar uma relação de causa e efeito, pois ainda falta determinar se a felicidade é consequência de uma relação sexual por semana, ou se ocorre em sentido contrário. O estudo também foi limitado a pessoas com parceiros fixos. “De fato, não existe associação entre a frequência do sexo e o bem-estar das pessoas solteiras”, diz Muise.

Os resultados do estudo também foram consistentes entre grupos etários, gênero e duração da relação – quer fosse meses ou décadas.

A pesquisadora Amy Muise diz que os casais devem debater se suas necessidades sexuais são satisfeitas, em vez de simplesmente pressionar para fazer mais sexo. “O importante é manter uma conexão íntima com o parceiro sem colocar muita pressão em manter relações sexuais com a maior frequência possível”, acredita ela.

Mais tempo

Pillow talk. Os participantes nesse experimento, sem distinção de gênero, expuseram seu desejo de prolongar o pós-sexo, ou como os americanos o chamam, pillow talk.

Flash

História. Como consta na revista “Psychology Today”, em 1970, os psicólogos James Halpern e Mark Sherman realizaram um estudo entre mais de 250 norte-americanos, e o resultado foi o livro “Afterplay: A Key to Intimacy” (Pós-sexo: A Chave para a Intimidade), que girava em torno da ideia de que o que fazemos ou deixamos de fazer depois do sexo é uma parte fundamental. Entre muitas descobertas, os pesquisadores dizem que “dormir imediatamente depois de uma relação sexual é um sinal de que o casal tem uma conexão forte e significativa”.

Homens preferem beber e pedir favores

Nova York, EUA. Os psicólogos Daniel Kruger e Susan Hughes, da Universidade de Michigan e do Albright College da Pensilvânia, estudam há anos as questões ligadas à qualidade do sexo. No artigo “Do Men and Women Want Diferent Things After Sex?” (Homens e Mulheres Querem Coisas Diferentes Depois do Sexo?), os especialistas publicaram o resultado de um estudo sobre o comportamento pós-coito.

Segundo eles, as atividades preferidas pelos homens são comer, preparar um drinque, fumar e pedir favores a sua companheira. Elas dão mais importância à intimidade, aos abraços, carícias e às manifestações de amor.

Mesmo que isso apenas confirme a teoria geral entre homens e mulheres, Kruger e Hughes chegaram também à conclusão de que conseguir ou não o orgasmo parece ser o que mais marca a diferença entre o comportamento de homens e mulheres, já que o coquetel de hormônios que o clímax acarreta – oxitocina, prolactina, endorfinas – é responsável por nos sentirmos felizes e relaxados. Depois disso, a tendência é querer dormir.

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