Os móveis de Tunico Lages estão em quase todos os países da Europa, EUA, Canadá, México, Chile, Austrália e Japão.
Estados Unidos, Canadá, México, Chile, Austrália, Japão, África do Sul e quase todos os países da Europa são alguns dos lugares para onde os móveis e objetos de decoração criados pelo designer Tunico Lages foram levados por estrangeiros em passagem pelo Brasil. Conhecido internacionalmente como Tunico T, o mineiro radicado em Brasília realiza um trabalho intuitivo com madeiras mortas do cerrado do Planalto Central brasileiro. “A madeira diz o que quer ser. Suas cores, texturas e formas são antecipações do que ela irá se tornar”, afirma o designer.”
Os olhares mais atentos ao trabalho de Tunico sempre vieram de estrangeiros e diplomatas, para os quais ele se tornou referência na área. A criatividade e a forma peculiar com que o designer produz seus móveis proporciona prazer estético e funcionalidade, algo valorizado por apreciadores da arte e pessoas de bom gosto. “Eles compram os meus produtos enquanto estão no Brasil e os levam para seus países, orgulhosos de suas compras”, conta. Um dos móveis mais famosos de Tunico é a “Cadeira Queixada”, que já apareceu inclusive no cinema brasileiro, no filme Faroeste Caboclo (2014), de René Sampaio.
Formado em economia e com experiência no mercado de capitais, Tunico iniciou o trabalho com a madeira de forma um tanto curiosa. Ele conta que teve o seu lado artístico despertado durante o sono, no final da década de 70, quando sonhou que era um menino sentado num toco de árvore, observando um carpinteiro trabalhar a madeira da cumeeira de uma igreja. Para ele, o sonho foi a indicação de um novo caminho a ser seguido. “Após o sonho, tudo mudou. Os amigos, os amores, a minha relação com a família e a minha perspectiva de vida. Deixei de querer ser o que esperavam que eu fosse, para tomar o meu caminho em direção a mim mesmo.”
Nos EUA, Tunico expõe sua arte na Galeria Thomas Hayes, em Los Angeles, e pretende, em breve, levar suas criações também para Miami, onde o mercado da arte é bastante promissor. No Brasil, o trabalho de Tunico é exposto no Casa Park Shopping Center, em Brasília.
Atividade mal vista no Brasil
A carreira próspera de artesão não impede Tunico de reconhecer algumas dificuldades na área, no Brasil. Para ele, o trabalho manual no país ainda é visto com preconceito, devido, em partes, à falta de qualidade dos produtos e também ao conservadorismo, que faz com que o trabalho industrial ganhe mais força. “O trabalho em série apaga os registros do toque humano, trazendo mais artificialidade para o nosso mundo. Daí a necessidade dos artesãos se aprimorarem na forma e conteúdo de seus trabalhos, de modo criativo e inovador, que é o que fará a diferença”, reflete Tunico. Para conhecer mais sobre o trabalho de Tunico T, acesse www.tunicolages.com.br. (Achei USA)
Aconteceu no Vale
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