segunda-feira, 13 de abril de 2015

SADA CRUZEIRO SE IMPÕE DIANTE DE UM MINEIRINHO LOTADO E CONQUISTA DO TRI DA SUPERLIGA

Em jogo nervoso, time celeste mostrou superação em quadra após perder primeiro set e evoluir, sobretudo na terceira etapa

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Mais difícil que chegar ao topo é se manter nele. Por mais complicada que seja essa missão, o Sada Cruzeiro não se cansa de dar mostras de ser capaz de ganhar o que aparece na sua frente.
Provando sua força e competência, o time celeste vê o vôlei brasileiro se render mais uma vez a um trabalho sério e comprometido. Neste domingo, foi a vez da equipe chegar ao tricampeonato da Superliga masculina após vitória por 3 a 1 (21/25, 25/19, 27/25 e 25/19) contra o Sesi-SP, dentro um Mineirinho azul e branco, pulsando de energia por todos os lados. O time paulista, mais uma vez, vê os azuis sendo algozes de suas pretensões, que ficam pelo caminho quando se tem um elenco que pouca muda há cinco anos na sua frente.

O JOGO

A tensão parece ter atrapalhado o Sada Cruzeiro no início. O time dava a impressão de estar preso, enquanto o Sesi-SP conseguiu entrar mais solto e concentrado. Com saques eficientes e uma marcação precisa, os paulistas abriram 6 a 3, antes de ver os donos da casa ajustarem seu jogo para diminuir a vantagem.

Mas não demorou para o ritmo voltar a cair, pressionados por um bloqueio bem montado do outro lado, que conseguiu neutralizar a distribuição do levantador William. Wallace era o que tinha melhor aproveitamento e correspondia como dava. O meio de rede azul via sempre um paredão postado bem na sua frente, fazendo das extremidades da rede a melhor opção para entrar no jogo.
Com o saque cruzeirense aquém do seu potencial, o primeiro set foi dos visitantes.
A segunda parcial teve o time celeste mais bem postado e com menos erros. A troca de pontos não permitiu grande distanciamento no placar. Na frente por pequena margem, Cruzeiro teve a torcida como oitavo jogador para manter o bom nível de jogo. O combustível que veio das arquibancadas inflamou o time dentro de quadra, que aproveitou o bom momento para chegar ao empate.
A terceira parcial continuou com o Cruzeiro melhor postado, conseguindo abrir quatro pontos no 9 a 5.
O empate paulista foi buscado em boa passagem de Riad pelo saque, que culminou com pontos seguidos de bloqueio, que voltaram a deixar o duelo equilibrado. A relação saque-bloqueio do Sesi continuou incomodando os celestes, que viram o placar virar para o lado paulista.
Quando um 24 a 21 foi aberto pelo Sesi, poucos poderiam esperar uma reviravolta celeste. Mas ele veio, na base da raça e com a torcida tendo papel primordial, como manda o figurino de uma grande decisão. Faltava um set para o tri.
No quarto set, era preciso continuar agressivo, sem perder o controle da partida. Acostumado com os momentos de decisões, o Sada Cruzeiro manteve a postura aguerrida e ligeira diferença fez com que a torcida seguisse firme do lado de fora.
Um lance de sorte de Wallace após a primeira parada técnica mostrou que o título já tinha dono. Ele foi bloqueado, mas a bola voltou em sua cabeça antes de ir cair no chão oponente.
A vantagem aumentou em boa passagem de Éder pelo saque. Um 18 a 13 deixou o título muito próximo e foi questão de tempo para ele ser confirmado. Após um começo turbulento, o Sada Cruzeiro soube ter a tranquilidade trazida de tantas decisões para se reerguer e mostrar porque é o maior time do país há cinco temporadas.

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