sexta-feira, 3 de abril de 2015

EM ENTREVISTA A REVISTA QUEM; LUÍZA TOMÉ SE DIZ PRONTA PARA RECOMEÇAR

"ESTAR APAIXONADA E TER TESÃO É MUITO BOM"
Em cartaz com a peça "Mulheres Alteradas", atriz falou à QUEM sobre os problemas de saúde que enfrentou e o fim de seu casamento de 17 anos: "Sofri muito. Queria muito separar, mas quando finalmente isso aconteceu, foi um processo doloroso"

Em cartaz em São Paulo com o espetáculo "Mulheres Alteradas", Luiza Tomé recebeu a QUEM pouco antes de entrar em cena para falar sobre seu momento profissional e pessoal. Sorridente e falante, a atriz, que tornou-se conhecida do grande público ao interpretar a teúda e manteúda Carol, em "Tieta", não fugiu de nenhuma pergunta e falou com franqueza sobre a fase turbulenta que atravessou ao dar fim ao seu casamento de 17 anos com o empresário Adriano Facchini.

 "Eu somatizei, tive enxaquecas terríveis, era um problema de fundo emocional. Não vou mentir. Eu sofri, estava separando, queria muito separar, mas quando finalmente isso aconteceu, foi um processo doloroso. Foi um ano muito puxado, foi muito dolorido. Não queria mais sofrer", comentou.
Refeita do baque, Luiza contou como se mantém em forma aos 51 anos e revela que está pronta para um novo amor. "Eu adoraria amar novamente. Estar apaixonada é muito bom, amar é muito bom, ter tesão é muito bom. Quero muito me sentir assim outra vez", explicou. Veja abaixo os melhores trechos da entrevista:
QUEM: "Mulheres Alteradas" já está em cartaz há um bom tempo. Fazer o mesmo personagem durante um período prolongado ainda é desafiador?
Luiza Tomé:
 A peça é um fenômeno, sensacional, graças a Deus. Acho que sim, porque quando você acha que você pensa que encontrou o personagem, percebe uma nova nuance. Procuro estar sempre renovando, encontrando uma forma nova de fazer o personagem, não mudando, mas encontrando um novo tom. Eu acho que hoje eu faço muito melhor do que fazia antes, e vai melhorar muito mais, é uma chance de aprendizado.
QUEM: O que te deixa alterada?
L.T.: 
Tanta coisa me deixa alterada. A TPM me deixa alterada, hoje estou um pouco alterada, desde manhã (risos). Todas as coisas que tem a ver com filhos me deixam muito alterada. Essa história de saber se passou ou não na escola, por exemplo. E acho que qualquer mãe é assim.
QUEM: Em algumas situações, você usa seu Twitter para desabafar, falar sobre sua vida pessoal, seus problemas. Acho que essa autenticidade têm um preço?
L.T.: 
Sim. Sou autêntica demais até, e isso ao mesmo tempo que é uma qualidade, é um defeito. É uma coisa que me faz sofrer. Ontem mesmo sofri muito, porque falei coisas para uma pessoa porque na hora tive vontade de dizer, mas depois fiquei pensando que não deveria ter falado, que posso ter magoado. Às vezes eu magoo mais a mim do que as pessoas. Minha mãe me diz: 'Luiza, você fala demais, procure guardar isso para você às vezes. Se você parar um pouco com essa autenticidade excessiva, é melhor'. E esse é um exercício diário para mim. O Twitter é um lugar para interagir com os fãs, brincar, mas é onde eu acabo também exercendo essa autenticidade.
QUEM: Aliás, recentemente você postou uma foto de biquíni lá que fez bastante sucesso entre os internautas. Qual é o segredo para manter a boa forma?
L.T.: 
Ah, isso! Eu estava em Fortaleza com uma amiga minha que estava um pouquinho em cima do peso, era uma brincadeira. Não tem muito segredo. Eu tenho uma genética que ajuda, além é claro de me cuidar. Procuro ter uma alimentação saudável, não em função do corpo, mas da saúde, da longevidade, e me exercito. Estava de férias em Fortaleza, que é onde recarrego as baterias, aí fiquei sem malhar, mas todo dia eu corria uma hora na areia fofa. Mas normalmente eu malho, faço muay thai.
QUEM: Se preocupa em manter o título de símbolo sexual?
L.T.:
 Símbolo sexual eu não sou mais, mas acho que estou segurando bem para a minha idade. Meu médico disse que eu tenho a estrutura de uma mulher de 40 anos, e eu comemorei. Acho isso bom, mas eu não gosto da cobrança, porque a idade vem. E se a gente não fia velha, é porque morreu. E eu não quero morrer, eu quero viver.
QUEM: Você anunciou sua separação no início de 2012 e até agora não apresentou um novo namorado. Acha que está pronta para ir em frente?
L.T.: Eu adoraria amar novamente. Estar apaixonada é muito bom, amar é muito bom, ter tesão é muito bom. Quero muito me sentir assim outra vez. Quero uma pessoa bacana, especial, meu nível de exigência está aumentado. Quero olhar e poder dizer: 'esse cara é ele', igual a música do Roberto Carlos. Mas não tenho mais vontade de casar de novo. Posso até morar no apartamento em frente, mas junto não. Não acho que a convivência atrapalha, mas eu já tive, quero viver uma outra experiência.
QUEM: Também no ano passado, você ficou internada e enfrentou uma série de problemas de saúde. O que aconteceu exatamente?
L.T.: 
Eu sou muito sincera, honesta, e por isso eu digo: eu sofro. O que aconteceu foi que eu somatizei, tive enxaquecas terríveis, era um problema de fundo emocional. Estava com problemas pessoais, problemas de trabalho, fazia todo tipo de exames e o médico dizia que não era nada. Não vou mentir. Eu sofri, estava separando, queria muito separar, mas quando finalmente isso aconteceu, foi um processo doloroso. Foi um ano muito puxado, muito dolorido. Não queria mais sofrer.
QUEM: Acha que conseguiu superar isso?
L.T.: Sim, esse ano já é diferente. É difícil quando você se vê sozinha. Apesar do Adriano ser um pai maravilhoso, super presente na vida das crianças, eu sou sozinha com meus filhos na maioria das vezes. Não tem ninguém mais 24 horas por dia comigo para dividir. A responsabilidade é muito maior. Foi tudo junto. Mas este ano já me sinto melhor.
QUEM: A que se apegou nesses momentos difíceis?
L.T.:
 Lia muito. Também tém a religião sim, não vivo sem Deus, se você não tiver uma religião, um Deus na sua vida para te segurar, fica difícil. Eu ficava lendo muito, ficava com meus filhos, eles me deram força. Pensar que eu tinha que criá-los com qualidade de vida me ajudava. Foi um período em que senti a minha força interior um pouco minada. Fiquei com essa força um pouco desestabilizada, pela primeira vez na minha vida. A separação, o trabalho, a crise de idade.
QUEM: Quais são os planos para essa nova fase, para os próximos anos?
L.T.: Eu quero educar muito bem meus filhos, encaminhá-los. Quero conhecer alguém legal, estar com alguém muito bacana, mas quero sobretudo estar presente na vida dos meus filhos, na formação deles, para mais tarde poder estar mais tranquila de que eles estão bem neste mundo louco que nós vivemos.
Mulheres Alteradas
Avenida Paulista, 900 - São Paulo
Sexta-feira, 23h, sábado e domingo, 20h
Ingressos entre R$ 50 e R$ 60

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