Ao longo do percurso, os fiéis reviveram os últimos momentos vividos por Jesus Cristo, nas estações da Via Sacra
Cerca de 2.000 pessoas participaram na madrugada desta sexta-feira (3) da chamada Procissão do Fogaréu, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte. A caminhada, de quase três quilômetros, é uma tradição de 250 anos na cidade histórica. Com velas nas mãos, os fiéis seguiram por diversas ladeiras desde a igreja São Francisco, no centro, até a capela do Senhor do Bom Jesus, na região do Morro da Cruz. À frente do grupo, três pessoas tocavam matracas para acordar e chamar a população.
Ao longo do percurso, os católicos reviveram os últimos momentos vividos por Jesus Cristo. Foram 14 paradas, nas estações da Via Sacra, para rezar e relembrar a trajetória de Jesus enquanto carregava a própria cruz. "Celebramos a morte de Cristo, que se doou para nós. As pessoas levam velas acreditando que vão receber graças ou pagando promessas pelas graças recebidas", explica o padre Rogério Messias dos Santos, que há seis anos guia os fiéis na procissão.
A doméstica Marli da Conceição Ferreira, 51, fez o trajeto inteiro com o terço na mão e os pés descalços. "O ano todo Deus tem me dado graças. Não custa nada agradecer", conta ela, que participa todos os anos. "É um momento para rezar, não só pela gente, mas pelos jovens e por um mundo de paz".
O trajeto terminou com o amanhecer do dia. As velas foram deixadas aos pés da cruz, e, à porta da capela do Senhor do Bom Jesus, todos aproveitaram para fazer orações junto à imagem de Nossa Senhora das Dores, carregada durante o percurso.
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