sexta-feira, 3 de abril de 2015

TRAGÉDIA EM CARAPICUÍBA! CINCO PESSOAS MORREM EM ACIDENTE COM HELICÓPTERO

Thomaz tinha 31 anos, era piloto e deixa duas filhas; ao todo, cinco pessoas morreram

Filho de Alckmin morre em acidente de helicóptero na Grande SP
O filho do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz, 31, é uma das cinco pessoas que morreram na queda de um helicóptero em Carapicuíba, na Grande São Paulo, na tarde desta quinta-feira (5).
Ele estava na aeronave que caiu sobre uma residência dentro de um condomínio na estrada da Fazendinha, em uma área nobre do município. O helicóptero estava registrado em nome da Seripatri Participações, do empresário José Seripieri Junior, também dono da empresa Qualicorp, que administra planos de saúde coletivos.
Thomaz era piloto de helicóptero e muito amigo de Junior. Ele tinha duas filhas, de dez anos e um mês. Policiais que foram ao local reconheceram as tatuagens do corpo do jovem.
O helicóptero estava em fase de testes e revisão. Ele havia decolado de um heliponto em Carapicuíba e faria um voo experimental, retornando ao ponto de origem.
A aeronave é a de modelo EC 155 B1, fabricada pela Eurocopter France, prefixo PPLLS.
Uma equipe do 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa-4) foi enviada para investigar as causas da queda da aeronave.

Em nota, a Seripatri lamentou a morte dos ocupantes do helicóptero. O nome de Thomaz não foi citado por ela, que se limitou a dizer que estavam na aeronave dois funcionários da empresa e outros dois mecânicos da Helipark.
O helicóptero, segundo a Seripatri, passou por manutenção preventiva e tinha cerca de quatro anos de uso, com aproximadamente 600 horas de voo. Ela afirma que a aeronave estava com sua documentação e manutenção em dia.
Moradores da região próxima ao acidente dizem que a queda do helicóptero ocorreu perto de um supermercado e que muita gente se assustou com a movimentação da aeronave.
"Se caísse no supermercado naquela hora seria um desastre porque ele estava completamente lotado", afirmou Lucas Batista Ferreira, 18, estudante, morador de Carapicuíba, que viu a aproximação do helicóptero soltando faíscas na parte traseira. Ferreira correu com medo de ser atingido.
"O piloto fez de tudo para cair numa área com menos gente. Se caísse na rua ou no supermercado, seria a pior Páscoa de Carapicuíba", disse
Donizete de Souza, 45, ajudante de produção, que iria fazer compras para a Páscoa. Segundo ele, as pessoas do entorno olhavam no céu e saíram correndo com medo de que a aeronave caísse na rua ou no supermercado.
Assalto
Em fevereiro do ano passado, Thomaz sofreu uma tentativa de assalto em frente ao Clube Paineiras, no Morumbi – a cerca de 1 km do Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador. Ele levava a filha de volta para casa, quando o veículo foi cercado por criminosos.
Houve troca de tiros entre os seguranças que faziam a escolta de Thomaz e os bandidos. Depois do episódio, a mãe da menina, Fabíola Trombelli, entrou com uma ação na Justiça para tentar se mudar com a filha para a Noruega – onde mora com seu atual marido.
Ao ter conhecimento da notícia, Fabíola ligou para o próprio governador, que, segundo ela não conseguia falar. "O Dr Geraldo só chorou", afirmou a ex-mulher de Thomaz, em choque, por telefone.
Em 2004, Thomaz já havia sido vítima de um assalto quando andava de moto na Marginal Pinheiros, na altura do Parque Villa-Lobos. Na ocasião, ele tinha saído sem seguranças, quando foi abordado por bandidos.
Dois anos antes, policiais militares que faziam a segurança dele na época foram baleados em uma tentativa de roubo ao carro de Thomaz, na Vila Mariana, zona sul da cidade. Um dos policiais, Diógenes Barbosa Paiva, de 38 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. Três pessoas foram condenadas pelo crime.

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