domingo, 24 de janeiro de 2016

SADA CRUZEIRO DÁ SHOW EM CAMPINAS, VENCE O BRASIL KIRIN DE VIRADA E CONQUISTA BICAMPEONATO DA COPA DO BRASIL

Equipe mineira bateu o adversário, em Campinas, por 3 sets a 1 e levantou o troféu do torneio

A alcunha de campeão de tudo, dada ao Sada Cruzeiro há algumas temporadas, não apareceu por acaso. O que vier pela frente, terá o elenco celeste como candidato e provável campeão. O aproveitamento do time do técnico Marcelo Mendez, dentro ou fora do Brasil, é altíssimo e teve seu índice aumentado neste sábado, na decisão da Copa Brasil.
Mesmo com o torneio não valendo vaga no Sul-Americano, como nos últimos anos, o time do Barro Preto fez questão de mostrar seu apetite por ocupar o lugar mais alto do pódio. O prazer de ver os adversários ficando para trás parece servir de combustível para os jogadores, que mostram uma motivação maior a cada torneio que entram.
A Copa Brasil foi o quarto título azul em quatro competições disputadas nesta temporada. Contra o Vôlei Brasil Kirin, que jogou dentro de casa, no ginásio do Taquaral, em Campinas, o segundo título da competição, já vencida em 2014, veio de forma categórica por 3 a 1, de virada (24/26, 25/16, 25/21 e 25/20).
Não teve adversário aguerrido ou torcida lotando o poliesportivo que impedissem nova conquista azul. Restou aos campineiros reconhecer a qualidade cruzeirense, que é provada a cada competição.
Cresceu. Após um começo com alguns altos e baixos, no primeiro set, o Cruzeiro mostrou um poder de reação já apresentado em algumas oportunidades. O favoritismo não impediu que dificuldades fosse impostas pelo adversário, que fez boa partida, mas não o suficiente para superar o Cruzeiro em mais uma noite inspirada. Como nem sempre é possível controlar as partidas do começo ao fim, ter essa capacidade de passar por cima dos obstáculos, mesmo em decisões, é primordial para reafirmar o grau de competitividade de um dos melhores times do mundo. A torcida celeste, mesmo em menor número, compareceu e deu seu apoio do lado de fora.
Nas situações favoráveis e nas nem tão positivas, o Cruzeiro consegue mostrar um controle emocional que faz a diferença para levantar taças em sequência. Fruto de uma maturidade conquistada ao longo das últimas temporadas de sucesso.
Sem tempo a perder, o Sada Cruzeiro já mira suas atenções para a Superliga, torneio que lidera de forma isolada. O próximo adversário será o Lebes-Gedore-Canoas-RS, na quinta-feira, fora de casa.
O jogo. O começo dos donos da casa foi elétrico, com poucos erros e alto aproveitamento ofensivo. A vibração do time contagiava os torcedores, que tentavam tirar a concentração do elenco estrelado. Com uma recepção irregular, o técnico Marcelo Mendez não quis perder tempo para tentar mudar o panorama. O ponta canadense Winters entrou no lugar de Filipe logo no começo da parcial, mas a substituição surtiu pouco efeito. William tinha trabalho na armação das jogadas e o bloqueio campineiro incomodava. O excesso de erros de saque deixou o Brasil Kirin na frente durante quase toda a parcial. O empate foi até buscado na reta final do set, que só terminou após os 25 pontos.
No segundo set, o Cruzeiro não permitiu o contexto da parcial anterior. Winters foi mantido na linha de passe e o desempenho, defensivo principalmente, foi outro. O bloqueio chegou junto em boa parte das bolas e o trabalho de fundo de quadra foi preciso.
Com mais tranquilidade para trabalhar, William não deu chances para a tentativa de marcação campineira, que correu atrás do prejuízo do começo a fim. A grande diferença de pontos no placar fez o empate ser garantido com o set ainda na sua metade.
O terceiro set voltou a ter o equilíbrio do primeiro, com ligeira vantagem azul. Mostrando o mesmo equilíbrio entre os fundamentos encontrado no segundo set, O Cruzeiro exigiu que o Campinas jogasse no seu limite para não tomar a virada. Mesmo com boa atuação dos donos da casa, o desempenho celeste foi primoroso para confirmar a virada e ficar a apenas 25 pontos de mais uma conquista nacional.
No quarto set, o Sada Cruzeiro manteve o bom ritmo e não permitiu reações que pudessem fazer o adversário gostar da partida. Foi questão de tempo para o título ser confirmado e o título de campeão saísse, finalmente, da garganta.

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